Região Norte
dados gerais
clima
Algumas latitudes podem criar uma região com climas quentes e úmidos. A existência de calor e da enorme massa líquida favorecem a evaporação e fazem da Região Norte uma área bastante úmida. Dominada assim por um clima do tipo equatorial, a região apresenta temperaturas elevadas o ano todo (médias de 24°C a 26°C), uma baixa amplitude térmica, com exceção de algumas áreas do Amazonas, Rondônia e do Acre, onde ocorre o fenômeno da friagem, em virtude da atuação do La Niña, permitindo que massas de ar frio vindas do oceano Atlântico sul penetrem nos estados da região Sul, entrem por Mato Grosso e atinjam os estados amazônicos, diminuindo a temperatura. Isto ocorre porque o calor da Amazônia propicia uma área de baixa latitude que atrai massas de ar polar. Ocorrendo no inverno, o efeito da friagem dura uma semana ou pouco mais, quando a temperatura chega a descer a 6°C em Vilhena (RO), 10°C em Lábrea (AM), 12°C em Porto Velho (RO), 13°C Eirunepé (AM), 15ºC em Marabá (PA) e até 9°C em Rio Branco (AC).
O regime de chuvas na região é bem marcado, havendo um período seco, de junho a novembro, e outro com grande volume de precipitação, Dezembro a Maio. As chuvas provocam mais de 2.000 mm de precipitação anuais, havendo trechos com mais de 3.000 mm, como o litoral do Amapá, a foz do rio Amazonas e porções da Amazônia Ocidental.
A Região Norte apresenta o clima mais úmido do Brasil, sendo comum a ocorrência de fortes chuvas. São características da região.As chuvas de convecção ou de "hora certa", que em geral ocorrem no final da tarde e se formam da seguinte maneira: com o nascer do Sol, a temperatura começa a subir, ou seja, aumentar em toda a região, aquecimento que provoca a evaporação; o vapor de água no ar se eleva, formando grandes nuvens; com a diminuição da temperatura, causada pelo passar das horas do dia, esse vapor de água se precipita, caracterizando as chuvas de "hora certa".
Economia
Em 2010, o Produto Interno Bruto (PIB) da Região Norte representava 5,3% do PIB nacional. Foi a região brasileira que apresentou o maior crescimento econômico em um período de oito anos, passando de 4,7% em 2002 a 5,3% em 2010, em concentração do PIB brasileiro. Com um crescimento em volume do PIB de 14,2% e 74,2%, respectivamente, o Tocantins foi o estado que apresentou o maior crescimento em volume. Entretanto, as maiores contribuições econômicas da Região em 2010 continuaram a vir dos estados do Pará, Amazonas e Rondônia. No Pará, destacou-se a recuperação internacional do preço do minério de ferro, que representa um grande peso na economia do estado. O Amazonas apresentou uma grande recuperação da indústria de transformação, seriamente abalada pela crise econômica de 2008. Rondônia, por sua vez, obteve o maior ganho de participação na atividade agropecuária dentre todos os estados entre 2002 e 2010.
Além disso, em âmbito nacional, Amazonas e Rondônia subiram uma posição na Lista de estados brasileiros classificados por PIB. O Amazonas passou de 15º para 14º estado mais rico do país em 2010, ultrapassando o Mato Grosso, que caiu uma posição no referido ano. Rondônia deixou a 23ª posição e passou a ocupar a 22ª, desbancando o Piauí, que também caiu uma posição entre os estados.
Dos sete estados da região, apenas Pará e Amazonas integram o chamado "Grupo Econômico Intermediário", formado por nove estados brasileiros que representam entre 2,6% e 1,2% da economia brasileira. Além do Pará e Amazonas, que representam 2,1% e 1,6%, respectivamente, da economia do país, fazem parte deste grupo os estados de Goiás, Pernambuco, Ceará, Espírito Santo, Mato Grosso, Maranhão e Mato Grosso do Sul. Os demais estados da região representam menos de 1% da economia brasileira. Por ordem, seguem-se os estados de Rondônia (0,6% da economia nacional), Tocantins (0,5%), Acre (0,2%), Amapá (0,2%) e Roraima (0,2%).
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